X-Táticos: A revolução dos mutantes da Marvel nos anos 2000
Os X-Men, X-Factor, X-Force e Novos Mutantes são equipes mutantes da Marvel que ao longo das décadas abordaram temas como racismo, preconceito e homofobia, sempre envolvidas em muita ação e superpoderes. No entanto, entre 2001 e 2004, uma das melhores fases dos mutantes foi criada pelo escritor britânico Peter Milligan e pelo artista americano Mike Allred.
Milligan e Allred revolucionaram completamente a revista mensal da X-Force, transformando-a em algo único. Eles mantiveram o nome do grupo, mas trocaram todos os membros, criando personagens novos e tomando a direção que desejavam, sem se preocupar com a opinião dos fãs mais tradicionais. Assim, os X-Force se tornaram os X-Táticos.
A grande guinada dessa nova fase foi a abordagem dos personagens como celebridades em busca de fama e holofotes, em vez de super-heróis tradicionais. Milligan e Allred anteciparam o movimento de superexposição e valorização da imagem que vemos nas redes sociais atualmente, criando personagens únicos e amorais como o Órfão, o Anarquista, a Falecida e a Vai Nessa.
Apesar de ainda haver superpoderes e ação, o X-Statix se destacou pelo humor inteligente e pelos dramas pessoais dos personagens, tornando-se uma representação de uma geração obcecada pela fama. A editora Panini lançou em pré-venda o “X-Táticos – Omnibus”, uma coletânea com essa fase única e atual, que promete surpreender os fãs.
Essa discussão sobre a busca pela fama e a manipulação da mídia continua relevante até hoje, tornando o X-Statix uma leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos que buscam algo diferente e provocativo. Afinal, esses personagens são muito mais do que simples super-heróis – são reflexos de uma sociedade obcecada pela imagem e pela aceitação.